TREM E METRÔ

Andei de trem e de metrô na semana passada e isso me estressou muito. E veja você, que o trajeto com que percorri não é tão longo. Estava no Rio de Janeiro, participando como instrutor de uma turma de treinandos para a PNAD 2008 e toda manhã tinha que sair do Méier – lugar onde me hospedei - em direção ao Castelo. Pois bem. Para fugir do trânsito caótico daquele horário e também do retorno no final da tarde, resolvi não tomar ônibus, utilizando trem e metrô. A princípio, seria uma ótima opção, porém, todo mundo resolveu fazer a mesma coisa e eu não sabia disso. O resultado, para mim, foi uma calamidade total. O caos urbano se instituiu e fez de mim o seu mais novo participante. Como tem gente naquela cidade!

Fugir do ônibus e do trânsito congestionado que ele me levaria, trocando-o pela dobradinha trem – metrô foi um castigo, pois em vez de viajar sentado, fui em pé, prensado feito sardinha enlatada. Isso sem falar do calor. Como é quente aquele lugar!

Fiquei por lá durante dez dias e graças a Deus sobrevivi e agora estou aqui, na minha cidadezinha de Nova Friburgo, feliz e no silêncio e conforto do meu lar, escrevendo para você e analisando a triste peregrinação daquele povo que tem de viver essa situação todos os dias do ano. Eu imagino que quando eles chegam nas suas casas, depois de um dia desgastante, caem na cama no primeiro momento e desmaiam de cansaço e estresse. Pois foi isso o que aconteceu comigo nas noites que passei por lá.

Eu diria que, para mim, tudo isso foi um teste de resistência no qual eu passei com nota dez, pois os meus alunos tiveram um ótimo aproveitamento no treinamento que eu passei com a ajuda da minha colega Nelyci da agência do IBGE de Niterói, que esteve comigo por lá e que também enfrentou, todos os dias, um trânsito ruim até chegar às barcas para atravessar a baía de Guanabara, chegando à Praça XV e depois no Castelo, onde demos as nossas aulas de PNAD, com toda a paciência e contentamento, pois é um trabalho que gostamos de fazer e a turma também colaborou bastante e merecia o melhor de nós.

Depois de tudo isso, concluo, tendo a certeza de que onde eu vivo é o melhor lugar para mim. É o lugar onde eu tenho paz de espírito, onde executo as minhas funções sem estresse, lugar em que estou há dez minutos de qualquer ponto sem depender de trem e nem de metrô para isso, pois o trânsito, por pior que esteja em algumas horas, não se compara àquele que vivi nos dias em que estive trabalhando na cidade maravilhosa.

Viva a minha cidade querida!

Viva Nova Friburgo!

Estou de volta!


17 OUT 2008
Luiz Malvino

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